DEODÁPOLIS: Mais um rombo deixado pelo ex-prefeito Valdir, prefeitura parcela R$ 7,9 milhões em débitos previdenciários

Deodápolis e o império das dívidas: Câmara aprova parcelamento de quase R$ 8 milhões deixados por ex-gestão

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Parece que o “império financeiro” deixado pelo ex-prefeito Valdir Luiz Sartor está ruindo de vez. Após o parcelamento da dívida de energia elétrica no valor de R$ 755 mil, a Prefeitura de Deodápolis agora conseguiu autorização da Câmara Municipal para lidar com uma nova bomba herdada: uma dívida previdenciária de R$ 7,9 milhões junto ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

O Projeto de Lei nº 047/2025, encaminhado pelo prefeito Jean Gomes (PP) em regime de urgência, foi aprovado por sete votos favoráveis durante a sessão desta semana. Dois vereadores não compareceram à votação.

A proposta autoriza o município a dividir o montante em até 300 parcelas mensais, com juros reduzidos e condições especiais previstas pela Emenda Constitucional nº 136/2025.

DÍVIDAS EM SÉRIE: ENERGIA ONTEM, PREVIDÊNCIA HOJE... E O QUE VEM AMANHÃ?

Na semana passada, Jean já havia encaminhado outro projeto para parcelar débitos com a Energisa, também deixados pela antiga administração. Agora, a conta é ainda mais pesada e envolve quase R$ 8 milhões em contribuições previdenciárias não pagas entre 2020 e 2021.

Coincidência ou não, ambos os rombos surgem no mesmo período — quando o ex-prefeito Valdir Sartor estava à frente do Executivo. Curiosamente, o mesmo ex-prefeito hoje ocupa um cargo de confiança na atual gestão, como Assessor de Assuntos Especiais, com salário de R$ 10.483,64.

Enquanto o município tenta reorganizar as finanças, fica a pergunta que ecoa pelos corredores da prefeitura e nas rodas de conversa da cidade; Será que o prefeito Jean Gomes herdou uma prefeitura ou um verdadeiro “império falido”?

O ALERTA DO EXECUTIVO

Na mensagem enviada aos vereadores, Jean Gomes afirmou que a aprovação era “indispensável para evitar penalidades, como a suspensão de transferências da União”, além de garantir a regularidade fiscal e previdenciária do município.

“A aprovação deste Projeto de Lei é indispensável para que o Município possa aderir ao novo regime especial de parcelamento e assegurar a capacidade de investimento em áreas prioritárias”, diz o texto oficial.

A justificativa tenta mostrar o ato como uma medida de responsabilidade fiscal, mas para muitos soa mais como uma tentativa de salvar o que restou do caixa municipal, após anos de gestão pouco cuidadosa com as contas públicas.

CÂMARA APROVA, MAS COBRANÇA CONTINUA

Com o projeto aprovado, a administração agora busca formalizar o parcelamento com o INSS e regularizar a situação previdenciária do município.

Mesmo com a aprovação tranquila, cresce o coro por investigação sobre a origem das dívidas e a responsabilização de quem deixou o rombo.

Enquanto isso, a população de Deodápolis segue assistindo à novela fiscal da cidade — e pagando a conta.


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